Artigo: Os desafios do jornalismo em tempos de redes sociais
Por Patricia Toddai*
Hoje, 07 de abril comemoramos o Dia do Jornalista. Esta data
é lembrada desde 1931, quando a data foi instituída pela Associação Brasileira
de Imprensa, em homenagem ao médico e jornalista Giovanni Battista Líbero
Badaró, morto por inimigos políticos em 1830. E de lá para cá os desafios são
aumentaram. Quantas apurações? Quantos números divulgados? Quantos mistérios desvendados
pelas lentes das câmeras de televisão, fotográficas, pelos áudios dos
microfones de dezenas e dezenas de jornalistas por este Brasil afora.
Entretanto, eu vivo numa época em que está cada vez mais difícil
acreditar no que ouvimos, lemos, escutamos e apuramos. Nunca tiveram tantas
mensagens duvidosas espalhadas, principalmente, pelas Redes Sociais com o
advento da internet. Hoje, com um celular nas mãos, você já se torna um
jornalista.
Porém, o que é um jornalista? É aquele que investiga,
pergunta, questiona, apura, checa, coleta, analisa e, por conta disso, incomoda
muita gente! Nunca nossa profissão foi tão
necessária. Isso muito por conta das Fakes News, as notícias falsas, os
boatos. Para se ter uma ideia, apenas em 2020, 41 milhões de mensagens
foram trocadas por minuto via Whatsapp ao redor do mundo, segundo dados da
Domo, empresa especializada em computação na nuvem. São mais de 24
bilhões de mensagens por hora e mais de 59 trilhões por dia. Nossa! É muita
coisa.
Daí o desafio é grande. A investigação bem apurada se faz
urgente todas as vezes nas quais publicamos algo em nossas redes. Nós, jornalistas
temos esse compromisso, fizemos um juramento. Nossos conteúdos são apurados,
checados, revisados, consultados por fontes que têm trazem credibilidade e que
têm algo relevante sempre a dizer. O jornalismo profissional é algo muito rico
para uma sociedade, pois é por meio dele que os cidadãos são informados sobre
tudo o que acontece de real no nosso dia a dia, antecipam tendências, mostrando
tudo o que ainda há por vir. Já pensou se isso não existisse?
Mas, e para os
editores da vida real espontâneos? Para estes só resta o próprio juramento
moral de cada um deles.
Sou uma otimista de carteirinha. Acredito na humanidade e tenho
esperança por dias melhores, com mais e mais jornalistas profissionais por nossas
ruas. Feliz dia do jornalista!
*Patricia Toddai é
jornalista, CEO da ToddaiCOM, agência de Comunicação e há mais de 20 anos atua
no mercado da Comunicação Corporativa.
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